O Espaço de diálogo sobre o Ensino Médio Público

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Fórum estadual de Ensino Médio discutiu qualidade, identidade e currículo no Pará .

    Na tarde de hoje, no auditório da Universidade da Amazônia, ocorreu o debate sobre Identidade e Currículo do Ensino Médio, no fórum coordenado pelo Conselho Estadual de Educação. Estiveram na mesa debatedora  Licurgo Brito (SEDUC), Ronaldo Lima (UFPA), Glória Rocha (UEPA), Maria das Graças (Ministério Público), os Professores Miguel e Zenilda Costa (UNAMA).
    Na ocasião várias foram as questões levantadas a respeito da identidade do Ensino Médio, ou melhor, a identidade contraditória desta fase de ensino, que ora é proposto como passaporte para o ensino superior, ora para a formação com vistas ao emprego imediato, mas que acaba não dando conta nem de uma coisa e nem de outra, como mencionado pelo professor Licurgo. Este também reconheceu a precariedade do Ensino Médio paraense e afirmou que o problema é conjuntural e que soluções só podem ser mensuradas a partir da conjugação de esforços estadual, municipal e federal.

    Para Maria das Graças, da UEPA, é necessário um outro olhar para o ensino médio, os jovens têm passado por ele sem aprender o mínimo necessário, sem sequer saber ler. Para Glória Rocha o Ensino Médio é um direto social, garantido por lei e há que se pensar estratégias eficazes de acesso e permanência desses jovens na escola.
   O Professor da UFPA, Dr. Ronaldo Lima, apresentou dados que evidenciam que os jovens da escola pública moram em condições precárias, precisam trabalhar para prover seu sustento, recebem muito pouco por isso e exerce a sua atividade laboral sem a qualificação adequada. Revelou que, em relação a sua escolarização, é uma minoria os jovens que apenas estudam e são menos ainda os que estão na série adequada à sua idade, a maioria dos jovens paraenses está atrasada em relação à série desejada e mais de 20% jovens entre 15 e 17 estão fora da escola. O professor afirmou: " a má qualidade de nosso Ensino Médio é endêmica e os maiores prejudicados são nossos alunos de origem trabalhadora".
    De acordo com o Professor Miguel, da Universidade da Amazônia, os resultados dos alunos que passaram no último vestibular da instituição, demonstram a grave fragilidade do ensino médio paraense, dados os percentuais de acertos nas disciplinas em que foram avaliados. O Professor mostrou-se curioso pela chamado "pacto pela educação" que será lançado em março pela Secretaria Estadual de Educação.
    As questões levantadas pela mesa e as intervenções dos demais participantes demonstraram o grau de importância de espaços de discussão como este. O Fórum prossegue com os debates. continuaremos acompanhando!





Postado por Wanda Mara Meguins Matos em 01/02/2013.

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