A
superação do modelo das Escolas de Trabalho e Produção, geridas por uma OS –
Organização Social, e a implantação das Escolas Tecnológicas foi uma estratégia
do Governo passado para construir um novo modelo de Ensino Médio integrado à
Educação Profissional no estádio do Pará.
Enquanto
a OS se aproximou dos empresários e funcionava dentro do SENAI, as Escolas
Tecnológicas buscavam aproximação com a sociedade civil e passou a fazer parte
da estrutura da SEDUC.
A
OS sucateou as escolas existentes, em particular as escolas Técnica Magalhães
Barata, Albertina Leitão de Santa Izabel e o Integrado Francisco da Silva
Nunes, e construiu escolas que nem sequer tinham salas de aula, somente
oficinas. Considerava que a formação de técnicos pressupunha apenas
treinamentos estreitos e que seria desnecessário um tipo de formação que
incorporasse atividades culturais, desportivas e científicas.
Com
a criação da Rede de Escolas Tecnológicas houve a valorização da experiência
existente dos diferentes profissionais lotados nas unidades escolares e foi
projetada e iniciada a construção de escolas que tinham espaços de formação
técnica mas também de cultura e ciência. A formação era pensada como um
processo de qualificação amplo e duradouro.
A
fundação que está em processo de criação representa um passado que não deu
certo e o estrangulamento de uma experiência que tem sido muito positiva, a
Rede de Escolas Tecnológicas. Esta só ainda não teve seu fim porque a SEDUC tem
verbas para receber do MEC destinadas às unidades de ensino existentes.
Quanto
à fundação, cabe ao Governo Estadual informar se são previstas ações de
acompanhamento e controle por parte do estado? Se manterá equipe com capacidade
para orientar e acompanhar as ações da fundação? E, principalmente, se a SEDUC
construiu uma política para que esta fundação execute ou se deixará que esta
defina suas diretrizes, suas metas, suas estratégias e os resultados esperados,
assim como fez com a OS-ETTP?
Nenhum comentário:
Postar um comentário