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terça-feira, 20 de novembro de 2012

Influências negra no Pará

Neste dia 20 de novembro de 2012, gostaríamos de compartilhar um pouco da história do negro na Amazônia e sua influência na construção histórica Amazônida.
            A contribuição do negro no Pará se manifesta nos folguedos populares, na culinária, no vocabulário e nos vários aspectos do folclore regional.

        O negro que veio como escravo para o Pará, assim como o indígena e o branco, sobretudo o português, contribuiu e influenciou para a formação da sociedade paraense. O negro contribuiu com o seu trabalho durante séculos, mas também contribuiu com sua cultura, seja na culinária com a feijoada típica, seja na capoeira, na música e na dança.




Texto e Contexto
Observaram Spix e Martius, nos anos de 1820, os negros e mulatos paraenses.

“Os mulatos são os mesmos também aqui; é a mesma gente facilmente excitável, exuberante, pronta pra qualquer partida, sem sossego, visando a efeitos espalhafatosos. Para a música, o jogo e a dança, está o mulato sempre disposto e agita-se insaciável, nos prazeres, com a mesma leviandade dos seus congêneres do sul, aos sons monótonos, sussurrantes, do violão, no lascivo lundu ou no desenfreado batuque.”
(SPIX & MARTIUS. Viagem pelo Brasil, 1817-1820. São Paulo, 1962, 3 v. p. 22.)


          Uma grande contribuição dos negros no Pará foi a sua participação ativa no movimento revolucionário da Cabanagem, onde negros escravos e ex-escravos se destacaram como o negro Manuel Barbeiro, o negro liberto de apelido Patriota e o escravo Joaquim Antônio.



Texto e Contexto

Negros e a Cabanagem

“Emergindo dos mocambos e das senzalas ou afluindo dos quilombos ignotos, no seio das selvas e nas praias desabitadas, os escravos acostaram-se à causa cabana, com o objetivo da reconquista da liberdade.”
(HURLEY, H. J. Traços cabanos. Belém: Off Gráficas do Instituto Lauro Sodré, 1936. p. 209.)


     As ruínas do Engenho Murucutu, em Belém. O engenho possui quase trezentos anos de história. Foi obra do arquiteto italiano Antônio Landi.


Engenho do Cafezal, Barcarena, PA, em 1872, do proprietário Fortunato Alves de Souza. Foto de Vicente Salles, em 1968.




 Esta e outras matérias históricas encontram-se no endereço: http://parahistorico.blogspot.com.br/2009/02/os-negros-no-para.html.

Postado por Wanda Matos, em 20 de novembro de 2012.






Um comentário:

  1. Parabéns Wanda. Muito apropriado pubicar este texto no dia da Consciência Negra.

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